Nas últimas décadas, presenciamos uma transformação significativa na forma como consumimos arte, desde a Semana de Arte Moderna de 1922 até os dias atuais. Aproveitando essa oportunidade de produzir uma arte genuinamente brasileira, decidimos adotar elementos que simbolizam a ação de copiar e replicar. Em 1922, essa ação era realizada por meio de scanners, mas hoje dispomos de ferramentas mais avançadas. O próprio significado do termo 'escanear' também evoluiu, passando de 'copiar' para 'acessar digitalmente'.
No design do logo, adotamos uma abordagem criativa ao representar a concepção de 'escanear'. Utilizamos o espaço negativo entre os elementos de um código QR, permitindo que diferentes cores e imagens preencham essa área.
O projeto inclui um hotsite que abriga as obras selecionadas, as quais passaram por um processo de destruição e reconstrução, alinhado aos conceitos definidos para o projeto.
As obras foram cuidadosamente escolhidas com base em palavras-chave que caracterizam a Semana de Arte Moderna de 1922. Da esquerda para a direita, de cima para baixo:
Brasileiro: O farol. Anita Malfatti, 1915.
Contestação: Os operários. Tarsila do Amaral, 1933.
Banana: Bananal, Lasar Segall, 1927.
São Paulo: Paulicéia Desvairada. Mário de Andrade, 1922.
Comoção: O trenzinho caipira. Heitor Villa-Lobos, 1924.
Indígena: Maternidade Indígena. Vicente do Rego, 1924.
Fauna e flora: A cuca. Tarsila do Amaral, 1924.
Café: O lavrador de café. Cândido Portinari, 1934.
Cultura: Revista Klaxon. Vários autores, 1922.
Ironia: Os condenados. Oswald de Andrade, 1922.